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30 OUT

Vacinação da Mulher
Não há dúvida de que uma das melhores e mais eficientes maneiras de se prevenir as doenças é pela imunização. As vacinas estimulam a produção de anticorpos no organismo, que farão a defesa natural contra as infecções às quais foram programados para combater. A mulher precisa, com o apoio do seu médico, dar atenção às vacinas que não foram aplicadas na infância, esquemas de doses incompletos; aplicar os reforços e ser inserida nos novos programas de vacinação.

É extremamente importante que as mulheres que pretendem ter um filho ou que serão submetidas a tratamentos de infertilidade tenham consciência da importância de estarem imunizadas antes de engravidarem, pois algumas vacinas não podem ser administradas no período da gestação.

ALGUMAS VACINAS INDISPENSÁVEIS
HPV: Cerca de 50% da população sexualmente ativa entram em contato com o vírus em algum momento e, já que o preservativo não é totalmente eficaz, a vacina é a principal forma de prevenção. A vacinação contra o HPV está indicada desde os 9 anos de idade até 26 anos ou mais, a critério médico.É contraindicada para gestantes. Há dois tipos distintos de vacina e a escolha de uma delas deve ser feita junto ao médico.

Varicela: Mais conhecida como catapora. Quando se manifesta na fase adulta, pode causar infecções bacterianas graves e levar à morte. A partir de 1 ano de idade deve ser tomada por todos os que não tiveram a doença, salvo as contraindicações (gestantes e pessoas Imunossuprimidas não devem tomar).

Hepatites A e B: A Hepatite A é uma das maiores causas de hepatite fulminante no Brasil e pode ser contraída pela água, alimentos contaminados ou contato direto com o doente. Já o tipo B pode ser transmitido por contato com o sangue infectado, o que inclui relações sexuais. A vacinação é indicada para não gestantes e gestantes, em situações especiais. As vacinas da Hepatite A e da Hepatite B podem ser tomadas juntas ou separadas.

Influenza (gripe): É causa comum de pneumonia viral e complicações bacterianas, sobretudo pneumocócicas, o que reforça a importância de vacinar, anualmente, todas as mulheres, em especial as gestantes (grupo de maior risco de complicações). A vacina confere proteção exclusivamente contra as cepas do vírus da Influenza contidos em sua formulação, o que varia ano a ano, conforme os tipos em circulação nos hemisférios Norte e Sul; atualmente inclui proteção contra H1N1. Portanto, não protege de outros vírus causadores de quadros similares ao da gripe (VSR, adenovírus, rinovírus, etc.).

Febre amarela: A vacinação está indicada desde os 9 meses de idade e requer dose de reforço a cada dez anos. É, em geral, por precaução, contraindicada para gestantes e puérperas, mas pode ser aplicada quando o médico avaliar que o risco de adoecimento por febre amarela suplanta o risco teórico da vacina durante a gestação e também para imunodeprimidos, e na alergia a gema de ovo. Disponível na rede pública.

Difteria, tétano e coqueluche: A vacinação deve ser de rotina e é indicada para pessoas de todas as idades a partir dos dois meses de vida. Em virtude do aumento no número de casos de coqueluche entre adolescentes e adultos e sendo este grupo importante fonte de transmissão da doença, principalmente para menores de um ano, a vacinação com a tríplice acelular tipo adulto (dTpa), atualmente, é preferível para adolescentes e adultos, sobretudo para aqueles que pretendem ter filhos. Disponível na rede particular, Na rede pública temos a dupla adulto (difteria e tétano). Fazer os reforços de 10 em 10 anos.

Doença meningocócica: O meningococo é o principal agente causador de meningite bacteriana no Brasil. O tipo C vem sendo o mais incidente na maior parte do país. A doença atinge mais as crianças, que já recebem vacinação de rotina, mas também ocorre em adolescentes e adultos, principalmente durante surtos. Recomenda-se a vacinação de mulheres adolescentes e adultas com dose única da vacina meningocócica conjugada do tipo C.

Sarampo, caxumba e rubéola: São doenças que atingem mais as crianças, que devem ser imunizadas com duas doses á partir de 1 ano de idade, mas não são exclusividades destas. Os adolescentes e adultos costumam desenvolver a forma mais grave dessas doenças. São indicadas duas doses da vacina Tríplice Viral para mulheres até 49 anos de idade – e para estas a vacina está disponível na rede pública. Para maiores de 49 anos, indica-se uma única dose. Essa vacina protege o bebê contra a Síndrome da Rubéola Congênita, causada pela rubéola da mãe durante a gravidez, e que pode provocar abortos, má-formação no feto, cegueira, surdez e retardamento.

Ref: 1) BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Assistência em Planejamento Familiar: Manual Técnico/Secretaria de Políticas de Saúde, Área Técnica de Saúde da Mulher – 4a edição – Brasília: Ministério da Saúde, 2002
2) Crespin, J; Reato, LFN: Hebiatria – Medicina da Adolescência: Roca, 2007.
3) O impacto da osteoporose no Brasil:dados regionais das fraturas em homens e mulheres adultos – The Brazilian Osteoporosis Study (BRAZOS;

Ref: 1) SBIM&FEBRASGO, Vacinação da Mulher, consenso 2010-2011
2) SBP – Calendário Vacinal da Sociedade Brasileira de Pediatria